Por muito tempo, a maioria dos empresários acreditava que soluções de inteligência de negócios (BI) era coisa para empresas de grande porte. Hoje em dia, porém, as coisas são bem diferentes. Soluções de BI já são acessíveis para negócios de todos os portes e diversos fornecedores estão de olho no potencial das PMEs. Tudo isso com soluções de custo reduzido, oferecidas na nuvem como serviço (SaaS).

Entretanto, entre o discurso de marketing e a prática existe um caminho importante, que muitas empresas de menor porte ainda não trilharam. E em muitos casos, isso nem se trata de questão de orçamento.

Por serem operações menores, os pequenos empresários têm suas dúvidas de como utilizar ou fazer o BI funcionar dentro de uma gestão enxuta. Isso porque há pouco tempo para montar bases complexas de dados para fazer suas leituras ou definir o que é relevante às tomadas de decisão.

Estratégia pensada para pequenas empresa

Com a estratégia correta, pequenas empresas podem ser tão inovadoras e disruptivas no uso de BI quanto aquelas que possuem times dedicados à análise de dados. Além disso, com base nas informações adequadas, as decisões podem se transformar em um tempo muito menor, com retorno mais rápido sobre o investimento.

Aqui vão algumas dicas de como uma empresa de pequeno porte pode ter resultados positivos com o uso da inteligência de negócios – ou a “inteligência de pequeno negócio”:

Visualização/Dashboards:

Quem cuida da gestão em uma pequena empresa não tem tanto tempo assim para se debruçar sobre os dados em busca de insights. Por isso, as melhores soluções de BI atuais possuem interfaces intuitivas e de fácil acesso aos dados. Muitas vezes usando dashboards que reúnem todas as informações relevantes em um único painel.

Usar dashboards para observar métricas e dados da operação é uma maneira ágil e assertiva de ver as movimentações do negócio. Uma vez que integram informações de diferentes áreas e poupando tempo na tomada de decisão.

Indicadores:

Os dashboards ajudam muito, mas eles podem não servir para nada se sua empresa não estabelecer uma política sólida de indicadores para medir a performance do negócio – os chamados KPIs.

Funcionando como metas, os KPIs ajudam a observar se a empresa está indo na direção correta. Para que isso funcione, KPIs específicos podem ser definidos para cada área da operação, e com base nos dados alimentados para atualizar esses status, estes indicadores podem ser visualizados nos dashboards.

Por exemplo, em uma empresa de varejo, ela pode ter uma meta para aumentar vendas em 15% no trimestre. Com base nos KPIs, gestores podem ver essas informações mês a mês, podendo tomar com rapidez as decisões necessárias para bater os indicadores dentro do tempo exigido.

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Cuidados com os dados:

Um bom sistema de BI é dependente de informações, sejam elas estruturadas (sistemas tabulados internamente) ou não estruturadas (de fontes externas e diversas como a internet). Entretanto, não é raro ver empresas perderem o foco de sua estratégia de BI em meio à uma infinidade de dados, de diferentes bases.

Para evitar esta sobrecarga e não cair nas armadilhas do microgerenciamento, o gestor de pequena empresa deve ter uma visão mais objetiva de seu negócio, focando em indicadores e em bases de dados relevantes para a operação. É melhor começar com poucos indicadores, porém sólidos e de impacto na operação.

Em teoria, o Business Intelligence é um mindset de gestão baseado em dados, que usa fatos e números para embasar a tomada de decisão. O software é o que faz essa metodologia ser possível e aderente a cada tipo de empresa, mas no final das contas, o maior trabalho é cultural: com o plano correto e bases bem definidas, toda empresa pode usar BI com maestria.

É só começar.