O cenário industrial e varejista atual demanda o desenvolvimento de pontos de distinção entre as marcas, o chamado “diferencial competitivo”. Com isso, o papel dos gestores é identificar o benchmarking da marca, uma tarefa que não é nada fácil, demandando conhecimento interno e aguçado senso holístico de mercado.
Chegar a um alto nível de conhecimento dos processos internos para alinhá-los aos objetivos da empresa, passa pelo empoderamento de gestores, os quais podem ser municiados com dados para tomadas de decisões mais assertivas. Isto, além de facilitar a compreensão do legado da empresa, viabiliza a identificação da posição atual da marca frente ao mercado.
E então, como descobrir o diferencial de uma marca? Qual seria o ponto inicial para a descoberta? De que forma expor, interna e externamente, aquilo que a diferencia dos demais a ponto de conquistar o cliente? Como perpetuar o legado?
É nesse momento que a análise de dados figura como protagonista. Quando se utiliza de inteligência analítica para investigar, entender e prever cenários, as respostas começam a aparecer.
Abaixo, alguns exemplos de diferenciais competitivos, de suas aplicações práticas e de como o BI pode auxiliar na conquista do melhor negócio.
Como aplicar o diferencial competitivo
Imaginamos que a empresa possui centros de distribuição estrategicamente alocados em regiões ou sub-regiões. Quando do contato com um prospect, esta distribuição geográfica e consequente possibilidade de proximidade e entendimento do perfil de cada região será entregue ao prospect como um diferencial agregado à marca.
Só nisto, há uma grande chance de conquista do interesse dele, levando-o mais à frente na tomada de decisão para fechar o negócio, uma vez que entenda que seu fornecedor terá estrutura para oferecer suporte constante e familiaridade com seu mercado.
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Além disso, se o gestor possuir dados de clientes com mesmo segmento de atuação do prospect, terá em mãos informações valiosas sobre o que eles estão fazendo para obter sucesso com sua marca. O que auxilia na elaboração de uma proposta convincente, com embasamento verdadeiro e comprovado por fatos de negócio.
Tanto a definição física dos CD’s, quanto os dados para elaboração da melhor proposta, já são assuntos amplamente abordados e trabalhados com análises de BI. Seja com mapas georreferenciados, trazendo os pontos com maior concentração de clientes, seja analisando como cada linha dos produtos performa sobre os diferentes segmento de atuação.
Até o momento, nesse caso, quem percebeu o diferencial competitivo foi o comerciante. O próximo passo será, então, levar ao cliente o mesmo sentimento.
Para tanto, a abordagem é um pouco diferente, mas também passa pela análise de dados. Vejamos:
– Imagine que o produto comercializado possua uma série de processos internos que sejam modernos e inovadores, fazendo com que ele tenha maior consistência e durabilidade. Em um primeiro momento, comercialmente podem parecer fatores sem grande relevância, no entanto, se os benefícios que esses processos trazem ao consumidor estiverem em destaque (antes mesmo das especificações do produto), as chances de o cliente se interessar aumentarão significativamente.
– Nesse sentido, os dados podem ser utilizados como termômetro, demonstrando se o diferencial oferecido está trazendo um retorno equivalente aos investimentos realizados.
E quanto maior a expertise agregada à análise dos dados, maior será o grau de assertividade para embasamento de ações, estratégias e decisões.
Assim, as perguntas feitas lá no começo deste artigo começam a ser respondidas. Mas isso é só a ponta do iceberg, pois as possibilidades de inserir o poder da análise de dados ao incremento do diferencial de marcas e consequente aumento de vendas são imensas. Elas abarcam diferentes cenários, visualizam diferentes perfis e comportamentos, avaliando a performance da marca em perspectivas variadas.
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Com tudo isso, é possível refinar a gama de produtos e desenvolver diferenciais específicos para cada linha, de forma personalizada. Ou, da mesma forma, elaborar soluções que atendam mais um perfil de cliente, tornando a operação escalável.
Essas ações já são realizadas dentro de uma perspectiva experiencial clara e objetiva, onde o protagonista é o colaborador com feeling voltado ao business, demandando seu tempo para analisar e agir sobre os dados.
Oportunizar que o conhecimento adentre a empresa é usufruir de novas perspectivas sobre o negócio e ampliar as ferramentas de crescimento. Por isso, o Business Intelligence é um dos agentes transformadores que está qualificando os processos decisórios.
A melhor forma de explorar o diferencial competitivo é demonstrando, das melhores formas possíveis, aquilo que coloca determinada marca, produto ou serviço em outro patamar. Seja qual for o diferencial, é importante potencializá-lo com à análise de dados para colher frutos ainda mais vistosos.